Hereditariedade (também chamada “genética”, ou os traços herdados dos nossos pais) é um factor que pode tornar a epilepsia mais provável.
Por exemplo, algumas pessoas que têm um ferimento grave na cabeça (que é uma clara causa de convulsões) vão ficar com epilepsia, enquanto outras não. Aqueles que desenvolvem epilepsia são mais propensos a ter um historial familiar de convulsões. Isto sugere que uma tendência genética torna estas pessoas mais propensas a desenvolver epilepsia.
Quando as convulsões começam ou afectam todo o cérebro ao mesmo tempo, é chamada epilepsia generalizada. A epilepsia generalizada é mais susceptível de envolver factores genéticos do que a epilepsia parcial (focal). Mas os investigadores também encontraram ligações genéticas com algumas formas de epilepsia parcial.
Se uma criança tem epilepsia, são os seus irmãos e irmãs mais susceptíveis de a desenvolver?
O seu risco é ligeiramente maior do que o habitual, porque pode haver uma tendência genética na família para convulsões e epilepsia. Mas a maioria dos irmãos e irmãs não desenvolverá epilepsia.
Um irmão ou irmã tem mais probabilidade de desenvolver epilepsia se a criança com epilepsia tiver ataques generalizados.
Rembrar, a epilepsia não é contagiosa. Ninguém pode “apanhá-la” como uma constipação.
Se eu tiver epilepsia, os meus filhos também a terão?
A maioria dos filhos de pessoas com epilepsia não desenvolve convulsões ou epilepsia. É possível que os seus filhos corram um risco ligeiramente superior ao normal, mas o risco de transmitir epilepsia aos seus filhos é geralmente baixo.
- menos de 2 em cada 100 pessoas desenvolvem epilepsia durante a sua vida.
- Se um pai tem epilepsia, o risco do seu filho é apenas ligeiramente superior ao normal.
- Se uma mãe tem epilepsia, o risco do seu filho ainda é inferior a 5 em 100.
- Se ambos os pais têm epilepsia, o risco do seu filho é um pouco superior a 5 em 100. A maioria das crianças não herdará a epilepsia de um dos pais. A hipótese é maior para alguns tipos de epilepsia do que para outros.
A epilepsia não deve ser uma razão para não ter filhos. É importante conhecer os factos.
- Se tiver uma forma genética conhecida de epilepsia, os testes médicos podem ajudá-lo a compreender os riscos.
- Para muitas crianças com epilepsia, o tratamento pode controlar completamente as suas convulsões. E, para algumas crianças, a epilepsia pode desaparecer com o tempo.
Mais importante, ter convulsões e epilepsia não significa que você ou a sua criança sejam diferentes ou menos importantes do que qualquer outra pessoa!