Antibióticos podem eliminar as infecções bacterianas, mas quando tomados por longos períodos de tempo estes medicamentos carimbam como os touros numa loja de porcelana, provocando efeitos secundários que variam em gravidade desde a dor de cabeça à perda de audição.
Na edição desta semana da Science Translational Medicine, cientistas do Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering da Universidade de Harvard publicaram descobertas mostrando como os antibióticos que matam bactérias podem causar stress oxidativo em culturas de células humanas, e em células de ratos. Como relatórios do Science Daily, os investigadores testaram duas estratégias para evitar estes efeitos secundários.
“Os níveis clínicos de antibióticos podem causar stress oxidativo que pode levar a danos no ADN, proteínas e lípidos em células humanas, mas este efeito pode ser aliviado por antioxidantes”, disse Jim Collins, Ph.D, que liderou o estudo.
conseguiram prevenir o stress oxidativo utilizando um antibiótico bacteriostático — um antibiótico como a tetraciclina que impede as bactérias de se multiplicarem mas não as mata. Também podiam aliviar o stress oxidativo esfregando moléculas de oxigénio quimicamente reactivas com um antioxidante aprovado pela FDA chamado N-acetilcisteína, ou NAC, que já é utilizado para ajudar a tratar crianças com fibrose cística.
Os investigadores dizem que são necessários mais estudos com animais para determinar as melhores formas de corrigir o stress oxidativo relacionado com o uso de antibióticos a longo prazo.
Holly MacCormick é um estagiário de escrita no Gabinete de Comunicação da Faculdade de Medicina & Public Affairs. É uma estudante de pós-graduação em ecologia e biologia evolutiva na Universidade da Califórnia-Santa Cruz.
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