Hot Rod explica porque é que os pilotos de automóveis de corrida adoram metanol

O metanol tem sido um combustível preferido pelos pilotos de automóveis de corrida e equipas durante décadas, por várias razões.

No filme PUMP, as equipas de corrida explicam que o custo mais baixo, comparado com a gasolina, é um grande ponto de venda. A filmagem, que retrata a 91ª corrida da Race to the Clouds on Pikes Peak, no Colorado, em 2013, inclui uma entrevista com um mecânico que diz que a sua equipa corre com metanol há 19 anos. “É apenas um combustível muito melhor para as corridas”, diz ele.

Podíamos continuar sobre a segurança do metanol – queima mais limpo que a gasolina, é menos inflamável e queima “mais frio” – mas vamos lá. O que realmente faz salivar as engrenagens é a potência pura do metanol.

Metanol tem menos conteúdo energético do que a gasolina normal, por isso os veículos obtêm cerca de metade do mpg do combustível. Mas tem uma octanagem mais elevada.

Como explicam os espertos da revista Hot Rod, os motores dos carros de corrida são construídos para espremer mais potência desse metanol menos denso em energia, ajustando a relação ar/combustível.

Enquanto é verdade que a gasolina tem uma maior densidade energética (cerca de 18.400 BTU/libra) do que o metanol (9.500 BTU/libra), se se conseguir queimar três vezes mais metanol do que a gasolina por curso de potência, é possível fazer mais potência. Um motor que flui 1.000 cfm de ar (cerca de 70 libras) significa que na gasolina, o motor consumirá cerca de 5,6 libras de combustível com base na sua relação de potência máxima de 12,5:1, dando uma produção total de energia de (5,6 libras x 18.400 BTU) ou 103.040 BTUs de energia. Se fizermos o mesmo cálculo sobre o metanol, obtemos 17,5 libras de combustível queimado, e (17,5 libras x 9.500 BTU) ou 166.250 BTUs de energia – isto é uma produção de energia 60% maior.

Estas pessoas esqueceram-se mais dos motores do que a maioria das pessoas alguma vez saberá, por isso aqui está mais algum conhecimento: O metanol é o melhor combustível para a conservação do calor dentro de um motor. Com gasolina, mais desse calor é desperdiçado.

Gasolina, quando sofre uma mudança de fase pode sugar cerca de 150 BTUs de energia térmica por quilo de combustível, o que resulta numa queda de temperatura. O metanol, por outro lado, necessita de 506 BTUs por libra de combustível de energia térmica para fazer a mudança de fase. Quando olhamos para o nosso exemplo acima referido de um motor que circula 1.000 cfm de ar, as 5,6 libras de gasolina levam cerca de 840 BTUs de energia, contra 8.855 BTUs para metanol – mais de 10 vezes mais. Isto é o que faz do metanol um combustível tão eficaz em aplicações de indução forçada como a turboalimentação e a sobrealimentação, e absorve tanto calor que muitas vezes nem sequer é necessário um intercooler.

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