Quem e “quem são os pronomes subjectivos; quem e quem são no caso objectivo”. Isto significa simplesmente que “quem” (e o mesmo para “quem quer que seja”) está sempre sujeito a um verbo, e que “quem” (e o mesmo para quem quer que seja) está sempre a trabalhar como objecto numa frase. Por mais simples e importante que essa distinção seja, muitas pessoas têm dificuldade em decidir sobre o uso adequado de quem e quem nas frases.
As duas frases abaixo ilustram o uso fácil em que quem é claramente o sujeito e quem é claramente o objecto. Em casos tão simples, praticamente todos podem determinar a escolha adequada:
Quem é aquele homem mascarado? (“Quem” / sujeito )
Os homens, quatro dos quais estão doentes, foram acusados de fraude. (“quem” / objecto )
Quando “quem” não é o assunto principal da frase, no entanto, muitas pessoas ficam confusas. Eles mexem e mudam “quem” para “quem”.
Foi Thomas Jefferson, penso eu, que foi o terceiro presidente dos Estados Unidos da América.
Repare que quem, e não quem, continua a ser a forma correcta como tema da cláusula que se segue. O nome próprio, Thomas Jefferson, poderia ser substituído por quem fazer uma frase perfeitamente boa:
Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos Estados Unidos da América.
Como verificação pronta em tais frases, basta substituir o pronome pessoal dele/ela por quem/quem. Se ele ou ela fosse a forma correcta, a escolha correcta é quem. Se ele ou ela fosse a forma correcta, use quem.
Esta técnica de substituir um pronome pessoal pelo pronome relativo funciona bem sempre que tiver dificuldade em decidir se usa quem ou quem, assumindo que não tem dificuldade em usar a forma correcta dos pronomes pessoais.
Mesmo quando a ordem das palavras tem de ser ligeiramente alterada, é possível utilizar a técnica:
a Sra. Dimwit consultou um astrólogo que conheceu em Seattle. (Ela conheceu-o em Seattle.)
Jones é o homem com quem eu fui pescar na Primavera passada. (Fui pescar com ele.)
Joyce é a rapariga que conseguiu o emprego. (Ela conseguiu o emprego.)
A quem podemos recorrer em tempo de crise? (Podemos recorrer a ela?)
Os delegados diferiram quanto a quem pensavam que poderia ganhar. (Não a quem. Aqui toda a cláusula é o objecto da preposição. A substituição é particularmente útil em casos como este. Eles pensaram que poderia ganhar).
Quem é aquele homem mascarado? (sujeito)
Os homens, quatro dos quais estão doentes, foram acusados de fraude. (objecto)
E, agora, para um teste realmente duro (ou, pelo menos, a maioria das pessoas tropeça nele):
Decidi votar em quem/quem me chamou primeiro.
Dê-o a quem/quem o merece.
É a quem quer que seja em ambos os casos. Mesmo que se possa ler a primeira frase como eu decidi votar nele (o que faria dele quem quer que fosse), toda a cláusula (ele) chamou-me primeiro é o objecto da preposição para. Portanto, é quem quer que seja. É o mesmo para o segundo exemplo: ele merece-o.
Três regras fáceis de usar
para que a consiga sempre corrigir
Regra #1: Substituir ele/ela ou ela/ele: Se é ele ou ela, então é “quem”; se é ele ou ela, então é “quem”
Regra #2: Cada verbo com um tempo de tensão numa frase deve ter um sujeito. E essa palavra está sempre no caso nominativo, por isso é “quem”. Por exemplo: Nesta frase, decidi votar em quem me chamou primeiro:
– Eu sou o sujeito do decidido
– ele (quem quer que seja) é o sujeito do verbo chamado.
Na frase, Dê a quem o merece:( dê a quem o merece.)
– “ele” (quem quer que seja) é o sujeito do verbo merecedor.
Esta regra prevalece sobre a primeira regra, pois diz respeito a “quem e quem.
Nota: Relacionada com esta regra é aquela que diz: O assunto de uma cláusula está sempre ligado a essa cláusula – não importa o quê. Por exemplo:
Ask quem ler esse livro para responder à pergunta.
Dividir a frase assim:
(You) ask him (he read that book) to answer the question.
Na cláusula que ele lê esse livro, não se pode separar o assunto que ele lê da cláusula a que está anexado.
Se se lembrar destas duas regras – substitua ele/ela, e que cada verbo com um tempo tenso deve ter um assunto – deve resolver sempre o dilema “quem/quem”.
Se aplicar estas duas regras e ainda não tiver a certeza, aplique a regra muito importante #3.
Regra #3: Faça um esforço sincero e honesto para determinar se é “quem” ou “quem”. Se demorar mais de 30 segundos a perceber, escolha a que melhor soa ao ouvido (leia-a em voz alta) e siga em frente. Porquê? Porque mesmo os gramaticais são susceptíveis de brigar sobre qual utilizar. Mas sempre – sempre – aplique as regras #1 e #2 antes de usar a regra #3.
br>OK, um teste rápido. Escolha a palavra correcta:
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